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Origem da festa em honra da nossa Senhora dos Remédios


Origem da festa em honra da nossa Senhora dos Remédios


S. João da Pesqueira, 27 de Maio de 1652


“… Enorme cataclismo ameaça a vila … o trovão ribomba sem cessar … os raios, fendendo o espaço, sucedem-se com vertiginosa rapidez … o que mais aterroriza são os fortíssimos aguaceiros que estão caindo … parece que as cataratas do céu se abriram num jorro imenso e que o novo dilúvio ameaça submergir … a agua vai de monte a monte pelas ruas fora, sem cessar os trovões e relâmpagos sucedem-se sem um breve intervalo … o povo já não cabe na capela da virgem Sra. dos Remédios, que é pequena para conter tanta gente, não se ouvem gritos de aflição e desespero por toda a parte … a agua tomou tal altura que em algumas ruas já chega as janelas … de toda a parte se ouvem vozes chamando pela virgem santa dos remédios.


Foi este transe doloridíssimo por que passou a vila de são João da pesqueira, naquele dia do mês de Maio, mês que hoje Portugal inteiro vera como mês de Maria; o povo uníssono erguem súplicas fervorosas a virgem dos remédios, e todos prostrados aos pés da virgem santa, lhe imploram a sua proteção e só o adro da capela se achava livre do grande volume de águas que inundam todas as ruas da vil, muitas pessoas estavam impossibilitadas de sair da sua casa, tudo é desilusão, angustia e desespero.


Foi neste ambiente de fé e de dor que o cónego daquela capela prostrado aos pés da virgem santíssima dos remédios lhe imploram a sua proteção e fez o seguinte voto: “ que no dia 27 de Maio todos os anos, enquanto a pesqueira existir se celebrará uma grande festividade em honra da nossa senhora dos remédios, se ela se dignar a livrar-nos desta tormenta. Esta festividade será feita alternadamente pelas três classes, clero, nobreza e povo.


Milagre! Milagre! Milagre!


Foi este o coro imenso que há mais de três séculos ecoou da boca de todos os pesqueirenses. A tempestade serenou completamente e rapidamente.


A virgem dos remédios dignou-se a ouvir aquelas súplicas e aceitar o solene voto que então os nossos maiores lhe fizeram.


Ontem, como hoje e sempre, de joelhos ao pé da virgem dos remédios, a pesqueira cumpre o voto agradece tão grande dádiva.” Emília Sousa costa


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